Igualdade feminina: 8 ações para ampliar a presença delas na liderança
O Dia Internacional da Igualdade Feminina, celebrado em 26 de agosto, não é uma data que existe apenas para relembrar as conquistas que as mulheres alcançaram ao redor do mundo nos últimos anos.
Ela é, também, uma oportunidade para as empresas refletirem sobre como podem avançar ainda mais na promoção da igualdade de gênero, especialmente quando se trata de aumentar a presença feminina nas posições de liderança.
Para apoiar as organizações que estão comprometidas com essa causa, reunimos aqui 8 ações que podem fazer toda a diferença. Vamos juntos?
Um tema não tão recente, mas ainda prioritário
Não é de hoje que a igualdade feminina virou pauta. O debate em torno desse assunto tem se intensificado nos últimos anos, e com razão: ainda há muito a ser feito para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens.
Quando olhamos para a participação delas em posições de liderança, isso fica bem claro. Segundo dados do IBGE, as mulheres ocupavam 39,3% dos cargos gerenciais no mercado de trabalho brasileiro em 2022.
Se você achou essa porcentagem ok, aí vão duas informações complementares que também foram reveladas pelo estudo:
- As mulheres são 51,5% da população;
- As mulheres em posições de liderança ganham, em média, o correspondente a 78,8% da renda dos homens.
Ou seja, apesar de representarem mais da metade da população brasileira, as mulheres ainda estão sub-representadas em cargos de liderança e, quando conseguem ocupar esses espaços, enfrentam uma desigualdade salarial significativa.
Esses números revelam que, embora tenhamos feito progressos, ainda existe uma barreira estrutural que impede a plena igualdade de gênero no mercado de trabalho.
Como mudar esse cenário?
Em um mundo moldado por estereótipos de gênero e preconceitos profundamente enraizados, as empresas precisam adotar uma abordagem deliberada se quiserem alcançar a igualdade feminina.
A seguir, vamos apresentar as 8 ações que podem fazer parte desta estratégia:
- Estabelecer políticas de igualdade de gênero
Desenvolver políticas claras que combatam a descriminação de gênero e promovam a igualdade é um dos primeiros passos dessa jornada. Afinal, elas serão a base para a construção de uma empresa justa, onde todas as pessoas possam crescer e prosperar.
Vale dizer que as políticas de igualdade podem abordar diretrizes sobre uma série de processos, incluindo recrutamento, promoções, remuneração e tratamento no local de trabalho.
O mais importante é que, uma vez estabelecidas, elas sejam bem divulgadas e compreendidas por todas as pessoas colaboradoras.
- Promover um ambiente de trabalho seguro
Segundo um levantamento feito pelo Forum Hub, startup de aconselhamento jurídico, as mulheres sofrem cinco vezes mais assédio sexual no trabalho. Além disso, elas também são as principais vítimas do assédio moral.
Esses dados evidenciam a necessidade urgente de garantir ambientes de trabalho mais seguros. E isso, por sua vez, requer a adoção de ações coordenadas, como:
- Criação de canais de denúncia confidenciais;
- Treinamentos que reforcem os comportamentos adequados e esclareçam os direitos e responsabilidades de todos no local de trabalho;
- Procedimentos claros para investigar denúncias de assédio e aplicar as devidas punições.
- Rever a política de benefícios
É impossível discutir igualdade feminina no mercado de trabalho sem abordar a questão da maternidade. Afinal, as barreiras enfrentadas por profissionais que têm ou desejam ter filhos são ainda maiores.
A falta de políticas adequadas de apoio à maternidade pode dificultar não apenas a entrada, mas também a permanência das mulheres em posições de liderança.
Por isso, é essencial revisar e aprimorar os benefícios corporativos para garantir que elas ofereçam o suporte necessário às mães. Entre as opções que se destacam nesta frente, estão:
- Licença parental estendida;
- Flexibilidade de horário e opções de trabalho remoto;
- Creches subsidiadas e assistência para cuidados infantis.
- Oferecer treinamento e mentoria
Você já deve ter ouvido falar que um bom líder precisa dominar habilidades específicas, como comunicação eficaz, resolução de conflitos e inteligência emocional.
A boa notícia é que essas competências não são inatas: elas podem ser desenvolvidas e aprimoradas ao longo do tempo.
Investir em programas de treinamento focados no desenvolvimento dessas e de outras habilidades é crucial para preparar as mulheres para cargos de liderança.
Já a mentoria oferece um suporte adicional valioso ao conectar essas mulheres com profissionais mais experientes, que possam oferecer conselhos práticos e orientações sobre como enfrentar desafios específicos da liderança feminina.
- Ter um processo de promoção transparente
Contar com processo de promoção claro e transparente é a melhor forma de garantir que todas as pessoas colaboradoras compreendam os critérios e requisitos necessários para avançar a cargos de liderança.
Além disso, essa transparência ajuda a prevenir vieses de gênero, promovendo decisões mais justas e equitativas em todas as áreas.
- Proporcionar equidade salarial
Como já mencionamos, muitas mulheres ainda recebem menos do que seus colegas homens para desempenhar as mesmas funções. Essa disparidade é um problema e tanto, pois, além de desvalorizar o trabalho feminino, também perpetua a desigualdade.
Para assegurar a equidade salarial, é importante estabelecer diretrizes específicas sobre como os salários da equipe são definidos e ajustados. Além disso, vale à pena fazer um levantamento interno para identificar e corrigir possíveis discrepâncias salariais o quanto antes.
- Abrir vagas exclusivas para mulheres
As vagas afirmativas — ou seja, aquelas destinadas exclusivamente a um determinado grupo — são uma estratégia eficaz para aumentar a presença feminina em áreas e cargos onde sua participação é historicamente baixa.
Mas, além de criar essas vagas, é fundamental que o RH também reveja suas práticas atuais de recrutamento e adote medidas para eliminar vieses de gênero ao longo dos processos seletivos.
- Criar uma rede de apoio
Como vimos até aqui, as mulheres enfrentam desafios únicos no mercado de trabalho. No entanto, a jornada pode ser muito mais leve e enriquecedora quando elas têm com quem compartilhar suas experiências.
Ao incentivar a formação de grupos de afinidade, as empresas criam um espaço seguro onde as mulheres podem discutir abertamente suas dificuldades e receber conselhos de colegas que compreendem suas vivências.
Esses grupos não só oferecem suporte emocional e impulsionam o desenvolvimento, como também ajudam a fortalecer o senso de pertencimento, aumentando o engajamento e a satisfação dessas colaboradoras com a empresa.
Empresas diversas tendem a alcançar resultados mais impressionantes. E, já que os líderes são verdadeiras fontes de inspiração, faz todo sentido que essa transformação comece na liderança.
Mulheres em cargos gerenciais tendem a inspirar outras colaboradoras a alcançarem suas metas de carreira. Sem contar que elas reúnem habilidades e perspectivas únicas, que podem agregar muito ao sucesso da empresa.
Para apoiar as empresas nessa construção, a METARH criou o Trilhando+, uma jornada completa, que vai desde o levantamento das necessidades de treinamento até a construção de estratégias de Desenvolvimento Humano Organizacional e Diversidade, Equidade e Inclusão.
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