Liderança feminina
|

Liderança feminina: a importância da diversidade de gênero em cargos de gestão

Apesar dos avanços notáveis em relação à presença das mulheres no mercado de trabalho, o desafio de ampliar a liderança feminina nas empresas permanece em evidência.

As pesquisas mais recentes sobre o tema trazem consigo um sabor agridoce: ao mesmo tempo em que revelam o crescimento da participação feminina em cargos de liderança, elas também deixam claro que estamos distantes de alcançar a verdadeira igualdade de gênero.

Diante deste cenário complexo, hoje convidamos os profissionais de RH para refletirem sobre a importância de haver mais mulheres ocupando cargos de gestão e o que as organizações podem fazer para apoiar esse movimento!

Por que é preciso falar sobre liderança feminina?

Recentemente, o estudo Panorama Mulheres 2023 revelou que a participação feminina em cargos de liderança alcançou o maior índice dos últimos anos. 

Mas, embora esse dado certamente mereça ser celebrado, ele está atrelado a uma informação não tão animadora assim: atualmente, as mulheres ocupam somente 17% das posições de diretoria no país.

Deixando a diretoria executiva um pouco de lado, outra pesquisa, desta vez realizada pela consultoria Grant Thornton, mostrou que as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil.

Juntos, esses números ajudam a responder a pergunta feita acima: precisamos falar sobre liderança feminina porque, mesmo com o aumento da diversidade de gênero em posições de gestão, ainda há muito espaço para melhorar. 

Impactos da liderança feminina nas empresas

Para aqueles que ainda têm dúvidas sobre a importância de promover a liderança feminina, aí vai um fato esclarecedor: as mulheres tendem a ser mais eficazes como líderes em todos os níveis de gerenciamento, faixas etárias e culturas, segundo dados da Leadership Circle.

O estudo conduzido pela organização buscou mostrar as diferenças na forma como homens e mulheres desempenham esse papel. Segundo suas descobertas, líderes femininas são mais propensas a:

  • Liderarem a partir de uma orientação criativa e menos frequentemente a partir de uma orientação reativa, em comparação com os líderes masculinos;
  • Expressarem competências mais desenvolvidas nos quesitos relacionamento e autenticidade do que os líderes masculinos;
  • Se mostrarem visivelmente diferentes dos gestores homens em termos de construção de vínculo, orientação e desenvolvimento do time, e demonstração de preocupação pela comunidade.

É importante dizer que o objetivo da pesquisa não é afirmar que as mulheres na liderança são inerentemente melhores do que os homens, mas sim que há vantagens claras em tê-las como membros ativos em todos os níveis organizacionais.

Afinal, homens e mulheres possuem habilidades e experiências únicas que, quando unidas, têm o potencial de impulsionar as pessoas colaboradoras na conquista de resultados ainda melhores.

METARH  DE&I

O que dificulta a participação feminina em cargos de gestão?

Se há tantos motivos evidentes para apoiar a liderança feminina, por que será que as mulheres ainda são minoria nesse meio? 

Bom, como vamos mostrar a seguir, não há uma única resposta para essa pergunta. A questão da baixa representatividade feminina em cargos de gestão é multifacetada, envolvendo diversos fatores que, em conjunto, contribuem para essa discrepância.

Algumas das principais barreiras incluem:

  1. Viés de gênero

Infelizmente, ainda há muitos estereótipos de gênero que persistem, influenciando as percepções sobre as habilidades e características necessárias para liderança. 

De modo geral, mulheres são usualmente subestimadas e têm suas capacidades questionadas com mais frequência em comparação aos homens. 

Além disso, muitas delas enfrentam preconceitos que as associam a papéis mais tradicionais ou então reforçam que a maternidade é um empecilho para o avanço profissional, afastando-as de oportunidades de ascensão.

  1. Dupla jornada

No Brasil, estima-se que as mulheres dediquem até 25 horas por semana a afazeres domésticos e cuidados com filhos e demais familiares. Em contrapartida, os homens destinam apenas 11 horas semanais a essas atividades.  

Estes números ilustram de maneira clara o desafio representado pela dupla jornada, uma realidade compartilhada por muitas mulheres que estão inseridas no mercado de trabalho. 

O grande X da questão é que essa distribuição desigual de responsabilidades cria uma sobrecarga significativa para as mulheres, influenciando suas oportunidades de avanço na carreira e, consequentemente, sua participação em cargos de gestão.

  1. Falta de políticas inclusivas

Culturas organizacionais pouco inclusivas também representam um entrave para o crescimento da liderança feminina. 

Aliás, quando as decisões estratégicas são majoritariamente tomadas por homens, as políticas e práticas tendem a refletir perspectivas e experiências limitadas, que não favorecem o desenvolvimento e a permanência de mulheres nas empresas. 

Por exemplo: organizações que não oferecem flexibilidade no ambiente de trabalho podem ser particularmente desafiadoras para as mulheres que são mães e precisam lidar com a já mencionada dupla jornada.

Como superar esses desafios?

Driblar as dificuldades apresentadas acima requer um compromisso institucional em promover uma cultura organizacional que valorize a diversidade de gênero e ajude a liderança feminina prosperar.

Entre as ações que podem ser implementadas com este propósito, destacam-se:

  1. Estabelecer políticas claras que garantam igualdade de oportunidades para homens e mulheres em todos os níveis da organização. Muitas empresas, inclusive, já possuem cotas de gênero estabelecidas com essa finalidade;
  2. Promover a diversidade e inclusão como valores fundamentais para que, uma vez na empresa, as mulheres se sintam verdadeiramente acolhidas e pertencentes;
  3. Criar programas específicos de desenvolvimento de liderança feminina, proporcionando oportunidades de aprendizado e treinamento;
  4. Estabelecer transparência nos critérios de remuneração e promoção;
  5. Oferecer benefícios que suportem a permanência de mulheres no mercado de trabalho, tais como horários flexíveis, trabalho remoto, auxílio-creche e licenças parentais equitativas;
  6. Estimular a construção de uma rede de apoio que compartilhe experiências e conhecimentos, tais como os grupos de afinidade.
METARH Consultoria de RH

Aqui na METARH, por exemplo, contamos com um grupo de afinidade para mulheres e pessoas aliadas que se propõe a ser um espaço seguro para nossas colaboradoras, favorecendo a troca e o aprendizado.

Nele, são abordados temas sobre a participação da mulher no mercado de trabalho e em outros espaços da sociedade, promovendo rodas de conversa e multiplicando conhecimento. 

Vale mencionar que essa não é a única ação que reflete nosso compromisso para com a diversidade de gênero: atualmente, 77 % das pessoas colaboradoras em nossa empresa são mulheres, enquanto 81% dos nossos cargos de liderança são ocupados por elas.

Em paralelo, a nossa busca interna por ser uma empresa mais inclusiva, nos possibilitou a criação da solução DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão), onde oferecemos aos clientes a inovação e criatividade que são inerentes às equipes diversas. Se a sua empresa deseja ampliar a liderança feminina, saiba que pode contar com a METARH para iniciar ou mesmo dar continuidade ao seu plano de DE&I. Fale com nosso time e descubra como podemos apoiá-los em todas as fases do projeto!

Posts Similares