Recrutamento e Seleção: O impacto do processo na redução do turnover

Conseguir manter um índice de turnover saudável é um desafio constante para os profissionais de RH. E embora sejam muitos os fatores envolvidos no alcance deste objetivo, hoje vamos falar sobre como um processo de recrutamento e seleção (R&S) cuidadoso tem um peso importantíssimo nele. 

Em resumo, quando uma empresa contrata um profissional que não se encaixa bem na sua cultura ou que não possui as habilidades necessárias para o desempenho da função, há grandes chances de que essa parceria não seja tão satisfatória e nem dure tanto quanto deveria.

Ao longo deste artigo, vamos explicar melhor como se dá essa relação. Além disso, traremos dicas de como estruturar um R&S que trabalhe a favor da retenção de bons talentos. Boa leitura! 

O que é turnover e o que pode estar por trás dele?

Antes de falarmos sobre o impacto do recrutamento e seleção, vamos explicar do que se trata esse indicador. O turnover nada mais é do que o índice de rotatividade de funcionários.

Ou seja, ele mede o número de pessoas colaboradoras que deixaram a organização durante um determinado período de tempo, seja por decisão própria ou por decisão do empregador. 

Embora esses desligamentos façam parte da rotina de toda e qualquer empresa, uma taxa muito elevada nesta frente geralmente indica um problema sério na gestão de pessoas. Além, é claro, de afetar negativamente a produtividade e reputação da empresa.

Entre os fatores que contribuem para um alto índice de turnover, destacam-se:

• Falta de oportunidades de desenvolvimento profissional;
• Remuneração abaixo da média do mercado;
• Falta de reconhecimento e feedback;
• Cultura ou clima organizacionais tóxicos;
• Problemas de relacionamento com o líder direto;
• Falta de identificação com o trabalho realizado ou com a cultura/valores da empresa;
• Processo de Recrutamento, Seleção e Onboarding deficitário.

A partir de agora, focaremos especificamente neste último tópico, que é o tema central do nosso post. Vamos lá?

A relação entre contratações assertivas e turnover

O recrutamento e seleção de pessoas são, sem dúvidas, duas das atividades mais estratégicas que estão sob a responsabilidade do RH. Afinal, é por meio delas que as empresas acessam o seu bem mais valioso: os talentos.

Quando esse processo é conduzido de forma cuidadosa, resultando assim em contratações bem sucedidas, a consequência é a construção de times mais coesos, engajados e produtivos. 

Com o passar do tempo, isso também tende a resultar em uma rotatividade menor de pessoas colaboradoras. Afinal, profissionais satisfeitos tendem a permanecer por mais tempo em um mesmo emprego. 

Por outro lado, se a empresa não fizer um processo adequado de R&S, ela pode acabar contratando funcionários que não possuem as habilidades ou competências necessárias para o cargo ou que não se encaixam bem na cultura organizacional. 

Isso, por sua vez, tende a levar ao baixo desempenho, insatisfação e desmotivação desses funcionários, o que pode aumentar o índice de turnover de maneira significativa e impactar nos resultados da empresa. 

Trata-se, portanto, de uma relação bastante estreita e que evidencia ainda mais a importância de adotar as melhores técnicas e ferramentas na hora de contratar novos talentos. Na sequência, falaremos sobre elas!

Como melhorar o recrutamento e seleção de talentos?

Alinhar um processo de R&S bem estruturado com outras práticas, como a construção de uma cultura de feedback, bons planos de carreira e o treinamento das lideranças, pode contribuir bastante para a retenção dos colaboradores. 

Por isso, a partir de agora, listaremos alguns dos cuidados que fazem toda a diferença no processo de contratação de novos profissionais:

1. Defina claramente qual é o perfil da pessoa candidata ideal

O entendimento sobre o perfil ideal para cada vaga é fundamental para o sucesso do recrutamento. Portanto, nada de negligenciar essa etapa!

Antes de iniciar a busca pelo talento, é importante que o RH converse bastante com a liderança da área e defina os critérios de contratação. Devem ser incluídas questões como habilidades, competências, experiências e valores necessários para o sucesso no cargo e na cultura da empresa.

2. Conheça seu público-alvo no momento da divulgação

Atualmente, as empresas podem contar com vários canais na hora de divulgar suas vagas, como redes sociais, sites de emprego, agências de recrutamento, entre outros. 

Essa pluralidade de meios certamente contribui bastante para a atração de um grande número de pessoas candidatas. No entanto, lembre-se de que quantidade não é o mesmo que qualidade.

Para ser mais assertivo nesta fase, busque entender quem é o seu público-alvo e quais canais ele costuma acessar na hora de procurar por novas oportunidades de trabalho. Isso pode te poupar tempo e dinheiro! 

3. Utilize testes e avaliações (na dose certa)

Lembra quando dissemos que o fit cultural e o domínio das habilidades e competências necessárias para a função são peças-chaves na construção de uma relação de trabalho bem sucedida?

Pois bem… É justamente durante o R&S que a equipe deve analisar todas essas questões, com a ajuda de testes técnicos e avaliações psicológicas e comportamentais.

Mas, atenção: por mais que essa etapa seja super importante, é preciso tomar cuidado para não pecar pelo excesso. Segundo uma pesquisa, testes em demasia chegam a afastar um terço dos candidatos em processos seletivos.

4. Capriche na entrevista 

É inegável que os testes técnicos e comportamentais ajudam muito. Porém, é durante a entrevista que você conseguirá se aprofundar ainda mais no perfil de cada profissional e entender quem é ideal para a vaga.

Apostar em entrevistas semiestruturadas pode ajudar a sua empresa a avaliar de forma consistente e objetiva os participantes em relação às habilidades, competências e valores necessários para o cargo.

Neste tipo de abordagem, a pessoa responsável pelo recrutamento ou a gestão da área estrutura previamente as questões que serão feitas ao longo da conversa, mas com flexibilidade para fazer mudanças de rota conforme necessário. 

5. Construa um bom Onboarding

Além de contratar o profissional mais indicado para o cargo, também é papel do RH garantir que ele tenha todas as ferramentas e informações necessárias ao iniciar na empresa.

Esse processo de integração é conhecido como Onboarding. Ele tem como objetivo principal proporcionar uma imersão na cultura organizacional, bem como preparar o novato para os desafios da função.

Trata-se de uma etapa que complementa o R&S e que, quando bem executada, pode aumentar a retenção de talentos em 82% e a produtividade em mais de 70%. 

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6. Priorize a experiência das pessoas candidatas do início ao fim

A expressão “a primeira impressão é a que fica” resume bem a importância de proporcionar uma boa experiência as pessoas candidatas durante todo o processo de recrutamento e seleção, ou seja, desde a divulgação da vaga até a contratação.

Aliás, esse é um tópico que está tão em alta atualmente que existe até mesmo um termo para ele: o Candidate Experience.

Na prática, o que esse conceito faz é chamar a atenção para o fato de que os processos seletivos são uma pequena amostra de como será a jornada do profissional na empresa e de como a organização lida com as pessoas que fazem parte dela.

Enquanto uma experiência cativante aproxima a organização dos melhores talentos, uma experiência negativa nesta frente pode fazer com que bons candidatos percam o interesse na vaga ou, então, já entrem desmotivados na organização.

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Se precisar de ajuda ao longo desta jornada, conte com a METARH.