Recrutamento e Seleção: processos seletivos longos afastam candidatos?
Entenda os impactos que o excesso de etapas no recrutamento e seleção pode causar e fique por dentro de estratégias capazes de reverter este cenário
Como você deve saber, construir um bom recrutamento e seleção de pessoas geralmente envolve a estruturação de diferentes etapas. Mas os últimos anos têm mostrado que todo cuidado é pouco para não exagerar na dose.
Na prática, processos seletivos muito longos tem mais atrapalhado do que ajudado as empresas na busca pelo candidato ideal. Ao menos, é isso o que apontam algumas pesquisas recentes.
Um estudo conduzido em 2021, por exemplo, revelou que o excesso de testes afasta um terço dos profissionais. Já outro levantamento descobriu que 59% dos profissionais se sentem pressionados quando a seleção tem muitas etapas, enquanto 66% acreditam que isso a torna mais injusta.
Diante de números tão alarmantes, é importante que o RH encontre um equilíbrio ou até mesmo busque se reinventar. Ao longo deste artigo, traremos alguns insights sobre como isso pode ser feito. Vem com a gente!
Contextualizando a importância do R&S
Para quem trabalha com RH há algum tempo, já não é novidade que o recrutamento e seleção figuram entre as estratégias mais importantes de uma empresa. Afinal, é por meio delas que as organizações acessam o seu bem mais precioso: os colaboradores!
Em geral, o resultado de um R&S bem planejado e conduzido é a contratação de talentos cada vez mais alinhados com as necessidades do negócio, assim como a construção de times de alta performance.
Não por acaso, processos seletivos bem sucedidos estão totalmente atrelados a ganhos em produtividade, engajamento, retenção de funcionários e até mesmo melhora do clima organizacional.
Para que todos esses benefícios sejam alcançados, no entanto, é muito importante que o recrutador esteja atento às melhores práticas do mercado. E isso envolve, também, estar inteirado sobre o que os candidatos esperam dos processos seletivos.
O que o recrutamento e seleção precisa para ser bom?
Embora a estrutura possa mudar bastante de empresa para empresa, há algumas etapas que não podem ficar de fora do recrutamento e seleção de pessoas para que ele culmine em uma contratação assertiva.
Entre elas, as mais importantes são:
1. Construção de uma boa descrição de vaga: é fundamental deixar claro desde já quais são as competências necessárias para ocupar o cargo e as responsabilidades atreladas à função, bem como detalhar o que o candidato precisa fazer para participar do processo seletivo;
2. Divulgação da oportunidade: não adianta ter um job description excelente, se você não divulgá-lo nos locais certos. Para isso, vale pesquisar quais são os canais mais utilizados pelo público que sua empresa espera alcançar;
3. Triagem inicial dos currículos: após receber centenas de aplicações, o RH precisará separar quem são os candidatos mais alinhados ao perfil buscado e que, portanto, avançarão no processo.
4. Testes e entrevistas: são duas das etapas mais importantes, pois visam validar as informações apresentadas no currículo e afunilar ainda mais as opções de candidatos. No geral, os testes mais utilizados são os de validação técnica, fit cultural e raciocínio lógico. Já as entrevistas mais comuns são a conversa com o RH e com o gestor da área.
5. Feedbacks: se as fases acima forem bem conduzidas, é muito provável que ao final delas a empresa já saiba quem é o candidato ideal para a função. A missão, a partir daí, é fazer a proposta ao escolhido e dar um feedback (construtivo!) a todos os outros participantes que não foram aprovados.
E onde entram as necessidades dos candidatos?
Como dissemos antes, algumas condutas adotadas pelo RH podem fazer com que bons talentos desistam do processo seletivo. É por isso que, mais importante do que seguir os passos apresentados acima, é conseguir oferecer uma experiência positiva em cada um deles.
Entre as queixas mais comuns nesta frente, especialmente entre profissionais mais jovens, destacam-se as seguintes:
- Formulários de inscrição muito extensos;
- Necessidade de cadastro em diversas plataformas;
- Excesso de testes para validação do fit cultural;
- Várias rodadas de entrevista com as mesmas pessoas;
- Falta de atualizações sobre o andamento do processo seletivo ou de clareza sobre quantas etapas ainda serão necessárias;
- Ausência de feedback ou feedback muito genérico;
- Falta de transparência sobre salário e benefícios.
Ter esses pontos em mente é o primeiro passo para que o RH consiga adaptar as estratégias de recrutamento e seleção de acordo com as necessidades do público-alvo. Já o segundo é buscar o equilíbrio.
Vale a pena repensar, por exemplo, se é mesmo necessário realizar o teste técnico em todos os candidatos ou, então, se não seria melhor pedir testes de raciocínio lógico apenas nas funções que de fato demandam essa habilidade.
Outro ponto que também deve ser revisto é a falta de comunicação com os participantes ao longo do processo. Afinal, não receber um feedback – mesmo que ele seja negativo – costuma causar uma ansiedade que poderia ser facilmente evitada.
É claro que todo ajuste dependerá das particularidades de cada empresa. Mas são cuidados deste tipo que contribuirão com a construção de processos seletivos mais positivos para todos os envolvidos.
Afinal de contas, não são apenas os candidatos que saem perdendo quando precisam cumprir com diversas etapas, não recebem o devido feedback ou têm qualquer outra experiência negativa. As empresas também perdem na qualidade de suas contratações!
Geralmente, os profissionais se candidatam em mais de uma vaga ao mesmo tempo. Isso significa que, quanto mais longa for a seleção de uma empresa ou o tempo de espera para dar um retorno, maiores são as chances de ela perder um bom talento para a concorrência.
Investir no Candidate Experience é a chave para o Recrutamento e Seleção
Diante do cenário que apresentamos até aqui, não é de se estranhar que o investimento em ações que visem melhorar a experiência do candidato tenha ganhado uma relevância cada vez maior dentro do planejamento do RH.
Mais conhecida no mercado como Candidate Experience, essa estratégia visa aproximar as organizações dos melhores talentos e, assim, favorecer a construção de equipes de sucesso.
Na essência, o que o Candidate Experience propõe é uma forma de aumentar o engajamento dos candidatos ao longo de todas as etapas que compõem o recrutamento e seleção.
Quando isso realmente acontece, as empresas conseguem se beneficiar de diversas formas. Veja algumas das “consequências” mais comuns:
- Aumento da motivação dos profissionais recém-contratados, já que as percepções positivas em relação ao R&S influenciam diretamente na conduta que o profissional terá na empresa;
- Melhora do Employer Branding, ou seja, da reputação da companhia no mercado enquanto um bom lugar para se trabalhar;
- Redução dos custos do recrutamento, pois o Candidate Experience ajuda no mapeamento de oportunidades de melhoria ao longo de todo o processo;
- Ampliação da capacidade da organização em atrair e reter talentos.
Se a sua empresa deseja alcançar esses benefícios, está na hora de se aprofundar ainda mais no universo dos candidatos. Baixe agora mesmo o nosso guia gratuito sobre Candidate Experience e fique por dentro das melhores estratégias nesta frente!
Esperamos que as informações apresentadas até aqui tenham proporcionado insights interessantes para você e sua empresa. Para continuar por dentro dos próximos conteúdos, não deixe de se inscrever em nossa newsletter!