Como apoiar a inclusão de pessoas Síndrome de Down no mercado de trabalho
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Síndrome de Down: Como apoiar a inclusão no mercado de trabalho

O Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado no dia 21 de março, representa uma oportunidade valiosa para promover a conscientização e quebrar estigmas sociais a respeito desta condição genética. 

Como parte do compromisso da METARH em apoiar essa causa, hoje estamos aqui para debater um dos principais desafios que as pessoas com a trissomia do cromossomo 21 enfrentam: a inclusão no mercado de trabalho.

Se a sua empresa quer aprender mais sobre o tema, convidamos você a se juntar a nós na leitura deste post!

O que é a Síndrome de Down?

Compreender o que é a Síndrome de Down é o primeiro passo para construir um mercado de trabalho mais inclusivo. Portanto, vamos iniciar nossa jornada trazendo uma breve definição sobre essa condição.

De acordo com a Biblioteca do Ministério da Saúde, a Síndrome de Down é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. 

Em vez de possuírem dois cromossomos no par 21, as pessoas portadoras da Síndrome possuem três. Esse excesso de material genético, por sua vez, é o que determina as características típicas da síndrome.

Entre o conjunto de sinais e sintomas que geralmente acompanham a condição, estão:

  • Olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado e orelhas pequenas;
  • Diminuição do tônus muscular, que contribui para dificuldades motoras, atraso na articulação da fala e problemas cardíacos;
  • Às vezes, a língua pode ser excepcionalmente grande, fazendo com que o bebê fique com a boca aberta;
  • Mãos menores com dedos mais curtos e prega palmar única.
  • Estatura mais baixa;
  • Excesso de pele na nuca e certa instabilidade na região do pescoço. 
  • Comprometimento intelectual, podendo levar a atrasados na aprendizagem e comportamentos do tipo TDAH.

Devido aos desafios apresentados, as crianças com Síndrome de Down precisam ser estimuladas desde cedo. Afinal, quando elas recebem assistência profissional adequada, podem vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. 

Síndrome de Down e mercado de trabalho

Segundo dados do IBGE, cerca de 300 mil pessoas no Brasil têm a trissomia do cromossomo 21. No entanto, quando observamos a representatividade delas no mercado de trabalho, percebemos que os números estão muito aquém do ideal.

Embora não existam levantamentos específicos sobre o assunto, basta olhar ao redor para entender que há um problema: quantas pessoas com Síndrome de Down você encontra trabalhando em seu ambiente profissional ou nos locais que frequenta?

A disparidade evidente destaca, de maneira incisiva, a urgência de as empresas se engajarem na promoção da inclusão e igualdade de oportunidades para essa comunidade. 

Afinal, mesmo com a Lei de Cotas determinando que empresas com mais de 100 colaboradores reservem de 2% a 5% de seus cargos para pessoas com deficiência (PcD), os indivíduos com deficiência intelectual permanecem entre os menos empregados no país.

Entre os motivos para isso, estão os preconceitos e mitos que envolvem a condição: infelizmente, a falta de conhecimento sobre a Síndrome de Down ainda faz com que muitas empresas subestimem as habilidades e potenciais desses profissionais.

Além disso, o excesso de preocupação por parte de familiares e amigos também pode a afastá-los do mercado de trabalho.

METARH DE&I

Por que romper com essas barreiras?

Incluir pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho é oferecer a elas a oportunidade de ampliar sua autonomia pessoal, criar relações significativas, desenvolver novas habilidades e melhorar a autoestima. 

Mas não são somente os jovens e adultos empregados que saem ganhando. Ao se romper com as barreiras do preconceito e se abrir para essa possibilidade, as empresas também podem:

  • Construir uma força de trabalho mais diversificada, o que tende a enriquecer as relações interpessoais e impulsionar a inovação;
  • Apoiar a formação de uma sociedade mais justa, igualitária e respeitosa, o que também reflete na reputação corporativa.

Em outras palavras, a inclusão de pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho não é apenas um imperativo moral, mas também uma estratégia inteligente para construir organizações mais resilientes, inovadoras e socialmente responsáveis.

Aliás, o artigo 27 da Convenção sobre os Direitos das PcD deixa claro: todos têm direito a oportunidades iguais de trabalho, incluindo o acesso a ambientes inclusivos e acessíveis. 

O que a sua empresa pode fazer?

A inclusão de pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho requer uma abordagem holística, que inclua conscientização, políticas claras e a valorização da diversidade.

Confira, a seguir, o que a sua empresa pode fazer para apoiar a causa:

  1. Aprender sobre a condição

A falta de conhecimento pode perpetuar preconceitos e estereótipos. Por isso, é fundamental que a liderança, gestores e colegas de trabalho estejam empenhados em aprender sobre a Síndrome de Down.

A educação contínua sobre as características, habilidades, desafios e necessidades específicas associadas à condição contribui fortemente para a criação de empresas mais conscientes.

  1. Abrir vagas afirmativas 

Uma das formas mais efetivas de ampliar a participação de pessoas com Síndrome de Down nas empresas é abrindo processos seletivos especificamente voltados para elas. 

As vagas afirmativas, como são chamadas, geralmente fazem parte da política interna que as organizações adotam para estimular a equidade de oportunidades entre seus profissionais. 

  1. Fornecer recursos adequados

Pessoas com Síndrome de Down podem necessitar de recursos adaptados para conseguirem realizar seu trabalho de forma eficaz. Portanto, ao contratá-las, as empresas precisam se atentar para essas questões.

Isso pode envolver desde a adaptação de ferramentas e tecnologias até melhorias no espaço físico que promovam a acessibilidade. 

A ideia é que o ambiente de trabalho seja inclusivo e propício ao pleno desenvolvimento profissional de todas as pessoas colaboradoras, independentemente de suas habilidades ou condições.

  1. Acompanhar a adaptação de perto

Infelizmente, é comum que as pessoas com Síndrome de Down sejam apresentadas de maneira tardia ao mercado de trabalho. Como consequência, elas podem demorar um pouco mais de tempo para conseguirem realizar determinadas tarefas.

Nesse contexto, é importante que as organizações designem um profissional para acompanhar a fase de adaptação de perto, esclarecendo dúvidas e oferecendo todo o suporte necessário para que esse novo talento prospere.

  1. Estar próximo à família

Manter uma relação próxima com a família da pessoa colaboradora com Síndrome de Down também pode facilitar e, muito, a adaptação dela à nova rotina. 

Esse contato permitirá que a empresa compreenda melhor as necessidades específicas do profissional, bem como as preocupações da família, contribuindo assim para a construção de um ambiente de trabalho mais acolhedor e colaborativo.

METARH Consultoria de RH

Cada indivíduo traz consigo um conjunto único de habilidades, e, como vimos até aqui, as pessoas com Síndrome de Down não ficam de fora dessa regra. Pelo contrário, elas têm todo o potencial para tornar as dinâmicas organizacionais ainda mais ricas.

Se a sua empresa compartilha dessa ideia conosco, saiba que pode contar com a METARH para iniciar ou dar continuidade ao seu plano de DE&I. Estamos prontos para apoiar a contratação de PcD e fortalecer ainda mais o seu time. 

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