Task Masking: aprenda a gerenciar essa nova tendência
|

Task Masking: aprenda a gerenciar essa nova tendência

Não é a primeira vez – e provavelmente não será a última – que uma tendência se populariza no TikTok e passa a chamar a atenção do RH. A novidade do momento é o Task Masking, também conhecido como “mascaramento de tarefas”.

O nome até pode soar complicado, mas a ideia é simples: sabe quando alguém parece estar ocupadíssimo no trabalho, mas, na prática, não entrega valor para a empresa? Bom, o Task Masking é sobre isso. 

Neste post, vamos falar sobre o que esse comportamento revela sobre as expectativas das pessoas colaboradoras e, claro, como as empresas podem lidar com ele.

O que é Task Masking?

O Task Masking é, basicamente, uma forma de “fingir produtividade” no ambiente de trabalho.  

Embora essa conduta não seja exatamente nova no mundo corporativo, ela ganhou nome — e muita visibilidade — recentemente, graças a vídeos virais no TikTok. 

Neles, jovens profissionais mostram como aparentam estar ocupados nas empresas, mesmo sem realizar tarefas realmente relevantes.

Entre os principais adeptos do movimento está a Geração Z, representada por pessoas nascidas entre 1997 e 2012, que estão chegando ao mercado de trabalho agora.

Porém, vale uma ressalva: assim como nem toda pessoa da Gen-Z finge produtividade, esse comportamento também não é exclusivo dessa geração.

Como a falsa produtividade manifesta?

Ok, que o Task Masking consiste em fingir estar ocupado, você já sabe. Mas como será que isso acontece na prática?

Bom, entre os comportamentos mais comuns entre quem adota essa “tática” no dia a dia, estão:

  • Digitar rapidamente ou com força no computador;
  • Ficar alternando entre janelas do notebook, sem focar em uma tarefa real;
  • Circular pela empresa em ritmo acelerado ou falando no celular, fingindo estar resolvendo algo urgente;
  • Sempre que sair da mesa de trabalho, levar o notebook ou alguma papelada junto;
  • Participar de várias reuniões, mas nunca contribuir com ideias ou soluções;
  • Passar horas respondendo e-mails pouco relevantes, somente para dar a sensação de estar sempre na ativa.

Impactos negativos do Task Masking

Sabe aquela história de que mentira tem perna curta? Essa máxima se aplica perfeitamente ao Task Masking. 

Quando a produtividade é apenas de fachada, os problemas logo acabam aparecendo. Entre eles, podemos citar:

  • Queda no desempenho geral da empresa;
  • Dificuldades para identificar as verdadeiras necessidades de treinamento e desenvolvimento da equipe;
  • Estresse desnecessário, tanto para quem finge produtividade quanto para os colegas, contribuindo para a insatisfação no ambiente de trabalho;
  • Dúvidas sobre o engajamento e o potencial da Geração Z.

O que está causando o mascaramento de tarefas?

A falsa produtividade no trabalho, como era de se esperar, tem acendido um sinal de alerta nas empresas. 

Inclusive, essa tendência tem até gerado certa resistência por parte das lideranças na hora de contratar pessoas da Geração Z — ainda que, como vimos, o comportamento não se restrinja aos nascidos a partir de 1997.

O que muitos gestores talvez ainda não tenham percebido é que, assim como outros movimentos recentes, o Task Masking não é necessariamente sinônimo de preguiça ou negligência.

Para muita gente, fingir produtividade virou uma resposta a contextos que geram sobrecarga e desconexão, incluindo:

  • Cultura do trabalho excessivo;
  • Imposição do retorno ao trabalho presencial;
  • Pressão para estar sempre online e disponível;
  • Falta de desafios.

Ou seja, essa tendência também pode e deve ser vista como uma oportunidade para as organizações repensarem suas culturas e práticas.

Como gerenciar o Task Masking?

O caminho para minimizar o Task Masking é criar uma cultura de trabalho mais flexível, focada em resultados e que valorize a comunicação próxima.

Entre as estratégias que podem ajudar, estão:

  1. Avaliar continuamente a satisfação da equipe

Como vimos, a insatisfação com as condições de trabalho pode levar à prática do Task Masking. Por isso, é sempre válido ouvir a opinião das pessoas colaboradoras sobre esse assunto.

Ao avaliar o clima e o engajamento, é possível identificar fontes de estresse, entender as necessidades reais da equipe e adotar medidas para tornar o ambiente mais estimulante e produtivo.

  1. Fomentar a transparência, a confiança e a autonomia

Uma cultura baseada em confiança estimula as pessoas colaboradoras a serem autênticas e a se engajarem com suas responsabilidades. 

Embora possa parecer paradoxal, oferecer autonomia para que cada uma gerencie suas tarefas pode reduzir a pressão por encenar produtividade e gerar resultados mais significativos.

  1. Rever a gestão de metas e avaliação dos resultados

Outra maneira de evitar o Task Masking é avaliar as pessoas colaboradoras com base no impacto de suas ações, e não na quantidade de horas trabalhadas.

Definir metas claras e mensuráveis facilita esse processo, deixando evidente o que se espera de cada membro da equipe.

Afinal, a falta de clareza sobre as expectativas pode levá-los a se perderem em tarefas que apenas “parecem” trabalho.

  1. Promover o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

A pressão para estar sempre “conectado” também pode desencadear o Task Masking. Por isso, incentivar a flexibilidade e o descanso é mais uma estratégia inteligente para minizar esse problema.

Sem contar que, de modo geral, um ambiente que respeita a vida pessoal dos funcionários e funcionárias tende a ser mais saudável e engajado.

  1. Ter uma liderança mais próxima e empática

Uma liderança presente, que escuta e compreende os desafios do time, também faz toda a diferença na hora de reduzir comportamentos como o Task Masking.

É simples: quando os líderes mantêm um diálogo aberto, oferecem orientações claras e se mostram acessíveis no dia a dia, seus liderados e lideradas se sentem mais confortáveis para expressar dúvidas e até falar sobre dificuldades.

No fim das contas, isso favorece um ambiente de trabalho onde o foco está no crescimento conjunto e não na aparência de produtividade.

A gestão do Task Masking ultrapassa a necessidade de identificar quem está fingindo produtividade no trabalho. 

Para enfrentar esse problema de frente, é importante entender suas causas e encontrar um ponto de equilíbrio entre as expectativas das empresas e as das pessoas colaboradoras.

Enquanto as organizações estão focadas em desempenho e resultados concretos, muitos profissionais — especialmente os mais jovens — valorizam bem-estar, propósito e autonomia.

Quando esses objetivos se alinham, o ambiente de trabalho se torna não apenas mais saudável, mas também mais propício à produtividade sustentável.

Como vimos até aqui, criar uma cultura que valorize entregas reais, incentive a comunicação e promova relações de confiança são alguns dos caminhos para reduzir o mascaramento de tarefas e construir times mais engajados.

Quer continuar recebendo conteúdos sobre as tendências mais atuais do mundo do trabalho e as melhores práticas de gestão de pessoas? Preencha o formulário abaixo e assine nossa newsletter!

Posts Similares