Autogestão e liderança estratégica: o novo papel do C-level no futuro das empresas
No passado, o papel dos líderes C-level era quase inteiramente voltado para a gestão de negócios. Hoje, porém, esses executivos são chamados a exercer uma liderança mais estratégica e humana.
Neste artigo, você vai entender o que mudou, por que o C-level deixou de ser apenas um gestor tradicional e quais competências sustentam essa nova forma de liderar.
O que você vai ver neste artigo:
- O papel atual dos líderes C-level nas empresas
- Os principais desafios enfrentados por esses executivos
- As habilidades que mais importam nesse novo cenário
Quem são, afinal, os líderes C-level?
Os líderes C-level, também chamados de C-suite, ocupam as posições mais altas de uma organização.
Entre os cargos mais comuns estão:
- CEO (Chief Executive Officer – Diretor Executivo): responsável pela visão estratégica e pelas decisões de maior impacto.
- CFO (Chief Financial Officer – Diretor Financeiro): cuida da gestão financeira, incluindo orçamento, investimentos e riscos.
- COO (Chief Operating Officer – Diretor de Operações): garante a eficiência das operações e processos diários.
- CTO (Chief Technology Officer– Diretor de Tecnologia): conduz a estratégia de tecnologia, inovação e dados.
- CMO (Chief Marketing Officer – Diretor de Marketing): define estratégias de marketing, comunicação e crescimento.
- CHRO (Chief Human Resources Officer – Diretor de Recursos Humanos): lidera a gestão de pessoas, cultura, talentos e engajamento.
Em geral, os líderes C-Level têm um papel central na forma como o negócio se posiciona no mercado, se adapta a mudanças e cresce de maneira sustentável.
Passado e presente: como o papel do C-level evoluiu
Por muito tempo, o papel do C-level foi associado a uma figura essencialmente focada em resultados financeiros e eficiência operacional.
Seu objetivo era claro: otimizar processos, reduzir custos e manter a previsibilidade dos negócios.
No entanto, essa abordagem já não é suficiente. O mercado mudou, assim como as expectativas sobre quem ocupa o topo da liderança.
Hoje, espera-se que esses executivos:
- Visão estratégica combinada com sensibilidade humana, entendendo o impacto das decisões no clima e na cultura organizacional;
- Capacidade de liderar mudanças, especialmente em cenários de inovação acelerada e transformações culturais;
- Foco em pessoas, não apenas em resultados, reconhecendo que o desempenho sustentável só existe quando há engajamento e bem-estar;
- Mentalidade data-driven, usando dados para antecipar tendências e tomar decisões mais assertivas;
- Consciência social e ambiental, já que empresas são cada vez mais cobradas por responsabilidade e impacto positivo;
- Competência em autogestão, sabendo regular emoções, priorizar demandas e manter clareza mesmo sob pressão;
- Capacidade de semear e reforçar os valores da empresa, garantindo que eles sejam vividos no cotidiano, alinhando comportamento e resultados.
Em outras palavras: se antes o C-level era o guardião da operação, hoje ele é também o guardião da cultura, da inovação e da experiência das pessoas colaboradoras.
São esses aspectos que culminam na liderança estratégica, uma forma de atuação que vai muito além da gestão tradicional.

Os principais desafios enfrentados pelos executivos C-level hoje
As novas exigências do que se espera de um líder C-level não vieram isentas de desafios, como bem mostrou uma pesquisa recente da FESA Group.
Segundo o levantamento, essas foram as principais dificuldades apontadas por esses executivos, por ordem de prioridade:
- Ter uma estratégia de negócio definida e eficaz para sustentar o crescimento a longo prazo, considerando adaptação a mudanças, inovação contínua e posicionamento competitivo;
- Investir em fatores como a experiência da pessoa colaboradora, atração e retenção de talentos, diversidade e criação de ambientes inclusivos – fatores-chave para o sucesso de uma organização perante o time;
- Buscar resultados e incentivar a performance em um mercado de trabalho altamente volátil, criando um ambiente colaborativo e confiável para que as estratégias de negócio fluam;
- Equilibrar o uso de novas tecnologias com o fator humano, superando desafios ligados a orçamento, infraestrutura e, sobretudo, resistência cultural.
Esses desafios reforçam o que já dissemos antes: mais do que competências técnicas, o novo C-level precisa desenvolver uma atuação multidimensional, capaz de conectar propósito, resultados e pessoas.
O futuro da liderança estratégica: por onde começar?
Diante de tantas transformações, é natural que muitos executivos se perguntem: por onde começar a desenvolver essa nova liderança estratégica?
A resposta passa, necessariamente, por uma mudança cultural e por um movimento interno de desenvolvimento, no qual o RH assume um papel absolutamente central.
Para que a empresa avance nesse novo modelo de liderança, alguns caminhos são indispensáveis, tais como:
- Investir em programas contínuos de formação e desenvolvimento, que ajudem o C-level e demais lideranças a adquirir novas habilidades, desde competências comportamentais, como inteligência emocional e comunicação, até temas mais técnicos.
- Criar espaços de troca e alinhamento entre liderança e RH, garantindo que expectativas, desafios e prioridades estratégicas da gestão de pessoas estejam transparentes para todos que ocupam cargos de decisão;
- Usar dados para guiar decisões de pessoas e de negócios, permitindo que o RH atue de forma ainda mais consultiva e que líderes desenvolvam uma visão mais analítica sobre seus times e sobre o futuro da empresa.
É essa atuação conjunta, baseada em aprendizado contínuo, desenvolvimento humano e foco em inovação, que permitirá que as organizações construam líderes cada vez mais preparados, culturas mais fortes e times mais engajados.
Considerações finais
À medida que o mercado se torna mais dinâmico e imprevisível, cresce a necessidade de executivos que saibam equilibrar inovação com sensibilidade, desempenho com bem-estar e tecnologia com relações humanas.
O novo papel do C-level mostra que liderar no futuro não é apenas sobre dominar números ou conduzir operações: é sobre influenciar pessoas, inspirar movimentos e cultivar uma cultura organizacional capaz de sustentar mudanças cada vez mais profundas.
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